sábado, setembro 02, 2017

RAPINA DO AMOR- um poema de MárciaMarko


RAPINA DO AMOR

Enfrentando um grande tumulto
Alvoroço, correria
Finalmente encontro-me na empresa:
_ Bom dia!
Iniciando hoje o clarear dos meus afazeres
Um sintoma arredio acompanha-me
Vigente
Por dias e dias afio
Escrutar
Escápula
Quimeras da minha mente
Sensação.
Tentação...
Você a todo instante se faz presente...
Meu presente de todos os dias!
Preciso esquecer-te mas...
Meu amor sufoca-o
Aprisionado para ninguém tocá-lo
Apenas você
A me tocar profundamente
Sinto-me completamente nua por essa emoção
Pertencer-te...
Concernir-te...
Nude
Desnude-me
Para sua imaginação percorrer-me
Visualizo-me
Consigo sentir-te
Um calor percorre todo meu ser...
Arrepios de desejos
Agora não...
Agora não pode prevalecer
Estou no meu ofício
Não consigo dominar-me
Vozes ao meu redor
Refundir
Discernimento
Princípios
Atualmente não existir
Posso pressentir seus passos
Se aproximar ao meu reverso
Sinto um calor
Arrupiar
Arrepios na nuca
Sinto seu respirar ofegante
Uma coisa maluca...
Meu pescoço instantaneamente desnivelar
O cheiro do seu perfume me altera
Sufocante
Hipnotizante
Aromas, essências, fragrâncias
Envolve-me...
Seduza-me...
Âmago
Badaladas descontroladas
Lumes visivos
Pupilas dilatadas
Olvidar
Não estamos sós
Gana
Não me engana
Inventividade
A porta se fechar...
Presentemente prepare-se
A tortura iniciar...
Meus olhos ao seu olhar
Minhas mãos a sua altura descansar
Posso ler-te
Decifrar-te
Interpretar...
Num golpe
Traiçoeira
Um segundo te pegar
Bandido!
Eu já sabia!
Armado tu estás
Apanho sua arma
Pistola potente
Legante cano longo,
Urro rugir abalar
Tira-queima apoquentar
Apreensão
Balas embotar minha agilidade
Na mira
Com o seu projeto a me matar
Atrevida
Não acredito que vais atirar
Renda-te!
Estou com dois sonhos à minha mão
Densos, volumosos,
Recheados de paixão
Paraliso-te
Faze-me delirar...
Delicadamente
Eu posso brincar
Incontrolável
É você se exaltar
Desarmada irei matar-te
Tente
Não me tente
Que esse jogo também sei jogar
Jogo-te contra a parede
Sem fazer-te respirar
Não se mova.
Bandido!
Sou pequenina
Sou menina
Que o amor me ensinou a amar!
Conferir
Sua camisa desabotoar
Botão por botão corroborar
Nada aqui em cima esgravatar
Deslizo minhas mãos com proeza
Firmes, para ter a certeza
De não escapar...
Desprendo o botão da calça
O zíper realça
Suas vestes ao piso desabar
Assevero
Um beijo profundo, intenso
Assim dessa forma
Rendido tu está...
Não sou capaz de te atacar
Rendo-me
Faze-me comigo
O que sua imaginação conjecturar...
Este é o seu vau
Criação
Afiguração
Quantos segundos sua mente adscrever
Devaneio 
Introdução...
Cinco segundos...
Atira!
Mata-me!
Porém,
Sem sua munição
Sua arma amainar ao chão
Percebes?
Jugular meu coração
Assassino
Eu suplico
Ora, não sacie-me
Gracejar um considerável risco
De um alarme flagrante
Se auscultar ao meu rogado
Em um outro momento
Certificação
Sou capaz de conviver esse roubo
Latrocínio
Essa transação...





MárciaMarko








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