sexta-feira, maio 05, 2017

DISSIMULADA - um poema de MárciaMarko

DISSIMULADA

Mantenha à distância
Não sou flor que se cheira...
Sou meiga
Terna
Serena
Carinho
Amor
Denguinho...
Sou delicada
Joia rara
Brilhante
Diamante
Não me toque
Porque você pode se assustar...
Sou apenas mais uma ninfomania 
Mas que mania
Há tantas neste lugar...
Não quero saber
Não é o fim
Não tenho cura
Está tudo sob controle
Desde que,
Não se aproximes de mim...
Seu perfume tem o aroma de me dissimular...
Por isso que eu lhe digo
Quanto mais longe
Melhor para me acalmar...
Eu já matei
Fui culpada
Condenada
Eu já fui morta...
Eu nasci
Eu renasci 
Estou de volta...
Não me deixes te assistir
Pois meus olhos 
Podem lhe trair... 
Sem querer
Me pego a lhe vigiar
Tudo daqui a lhe observar...
Meu coração bate descompassado
Minhas veias bombeiam sangue
Num ritmo acelerado
Vai explodir fogo em mim...
Agora me toque...
Tira tudo o que de mim lhe incomode
Não sintas frio
Faz de mim as suas vestes
Pois meu fogo te aquece...
Os lençóis vão arder em brasas...
Faíscas vão se lançar dos nossos corpos
Foguetes de amor colorindo o céu 
Do nosso apogeu...
O amor à amar
Você e eu...
Me beija
Me atiça
Me morde
Me envolva...
Se esfrega...
Se enrosca...
Quero sentir seu membro dentro de mim
Estremecer...
Maroto
Rebolar
Se enrolar
Remexer...
Fogueira no corpo se arder...
Se molhar...
Suar,
De suor 
Enfraquecer...
No êxtase do amor 
Você me matou
Eu te matei...
Nesse jogo do amor
Você não perdeu... 
Eu te ganhei...


                                                     MárciaMarko 

                         

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