quinta-feira, fevereiro 08, 2018

CACHORRO SELVAGEM- um poema de MárciaMarko

CACHORRO SELVAGEM

Toque na pele
Lingerie couro preta
Detalhada na epiderme
Montanhas excitação
Escalada tentação
Renda-se
Para uma excursão
Em cima
Transparência para sua devaneação
Bem que poderia apostar
Só de olhar-te
Sua verdadeira intenção
Cachorro
Nos pelos de lobo mau
Boca espumada
Louco para traçar
Transacionar
Emoção em sua boca pousar
Estremecer-me
Nem pensar
Você não chega aos meus pés
Cachorro
Cafajeste
Só de imaginar
Aos meus pés se quiser-me…
Atacar...
Devora-me
Escumar-me
Massagem língua de fogo
No final para iniciar
Delirar-me
Escalando-me por toda compleição
Ababalhar-me
Deslizando linguaraz tépido moroso
Pés, pernas, virilha
Gostoso...
Sugador sem juízo
Abocanhar fruto proibido
Pedicelo do paraíso
Vivenciando olência beldade
Chuchar, absorver, libar
Polpa da flor
Pétala rosácea gotear mel do seu amor
Carne dos grandes lábios meu
Suctório apogeu
Estremece-me
Delira-me
Enlouquece-me
Sussurros, espasmos, gemidos
Contorcer-me
Engrandecer-te
Tortura
Uivar com meu apetecer
Cachorro selvagem
Consumir porção libidinagem
Carne no ponto
Úmida intenção
Olhar hipnotizante
Sedução
Lentamente apropinquar para melhor colocação
Nervos atufados
Lábios afleumados
Reputando seu membro adentrar
Deslizando, escorregando, derrapando
Ligeiramente, lentamente
Suspirando-me
Sob toda amplitude calor tremer
Convulsão
Afobação
Alguns segundos
Apocalipse em seu mundo
Pétala polpa mel escorrer
Prazer
Aprazer
Romancear borboletear
Quimeras
Deitada nas minhas fantasias
Sem poder-lhe fazer nada
Raiva
Imóvel, paralisada
De bruços
Despida lançada
Cachorro
Céu da boca espumando-me
Insana, maníaca, alucinada
Louca para ser atacada...



MárciaMarko

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