GUERREIRO DO AMOR
Ninguém te olha
Você não atrai
Porque não tens a leveza
Possuis a rudeza
Mas olhando bem
Você nudez
Quanta beleza que tens!
Seus olhos, sua boca, seu sorriso
Estão escondidos por entre fios
Corpo em pelos,
Causa-me arrepios
És guerreiro
Da cabeça aos pés
Armadura
Seu peito,
Escudo
Seus braços,
São as cordas
Tu já nasceste armado
Sua espada encapada
Já tens a saca cheia,
Farfalhada
Quando ameaçado
Com bravura vais a defesa
Covarde!
Não tens vergonha
De atacar sem piedade
Uma presa indefesa?
Domada aqui a embicar
A tens com altania
Então vens,
E a captura...
Sou eu sua tomadia?
Carrega-me para teu leito
Se insinua
Atiça-me
Enfeitiça-me
Quero sentir seu paladar
Lentamente a deslizar sobre meu vulto
Petisca-me
Belisca-me
Suga-me
Alucina-me
Inspire-me
Aspire...
E sinta se eu tenho o seu gosto!
Faça de tudo para me matar.
Guerreiro!
Não me deixes escapar
Não me dê chances para me defender
Pois podes ser tu
Pela sua presa morrer!
Quero sentir sua força dentro de mim
A sua espada apunhalar
A tempo,
Um pedaço teu é meu
Faz-me sua montada
Cavalga, cavalga, cavalga...
Doce cavalgada
E depois de tudo arrependido
Me ajeita em seu peito
Somos dois em um
Num doce repousar
Por alguns instantes saciados...
Guerreiro
Acorda!
Sua espada não mata!
Está tudo armado
Para uma nova batalha começar
Guerreiro
É você quem vai ser atacado!
Agora
É a sua presa
Quem vai lhe matar...
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