APENAS ESSA NOITE...- um poema de MárciaMarko

APENAS ESSA NOITE…

Mais uma noite Meu amor Apenas essa noite Sua rainha Aguardo-te no nosso quarto devaneações

Torturas... Fantasias... Meu rei

Mais uma noite Dama da sua noite

Alucinações...

Algema

Chicote

Luvas

Meias Máscara...

Espelho reflexo insano

Digo

Diga-me

Te amo

Batom rosa contorna meus grandes lábios

Cintilar

Profano

Apenas essa noite

Apostar

Jogo do amor

Dúplice peça ordenar

Tabuleiro

Obediência

Somente até o ponto que eu te deixar

Sabor do seu palato nos meus beijos

Seus olhos fecham-se ao sonhar

Suspirando-me

Só de imaginar

Balança minha estrutura

Hálito passeando a eriçar minha soberania

Reverso

Instantaneamente

Solta o fecho dos meus dois segredos

Rendas

Inesperadamente socate ao chão

Sob minha propensão

Olhar fogar

Alucinado

Levanta-se

Intimado…

Púgil

Chuchando-me esfomeado

Bicos rígidos de sua petição

Sugando-me

Absorvendo-me

Desencarrilha minha ostentação

A propósito

Bico salto da minha sandália

Pisa do alto

Furiosa

Couro fino do seu sapato

De imediato

Um grito

Gládio de dor

Caia aos meus pés meu senhor...

Desata minhas sandálias

Pegando no meu pé

Descalça

Fortemente empurro-te

Recalcadamente

Gemido em desequilíbrio

Pensamento atrevido

Atractivo ósculo escalando pernas maciez

Deslizando tépido inferior da minha coxa

Insensatez

Outro grito de suplício

Chicoteado

Chicote demarcado

Lombo em fita

Olhar furente

Endiabrado

Inspiro-te fervor

Suspiro-te alcançar o meu amor

Tesão

Meu rei

Pagar o preço que for

Aguerrido

Arreda renda do meu juízo

Cai de boca

Abocanhando o pedaço da carne do seu desejo

Mina da sua fonte

Mel escorrendo sua pérola

Pétala diamante

Pretensão…

Fugaz

Locomovo-me para salvação

Algema nas minhas mãos

Dúplice peça ordenar...

Garras

Agarra-me

Amarra-me

Presencialmente

Sob seu domínio

Apostar...

Dancei meu rei

Peça por peça usurpar-me

Explicitamente

Delicada aveludada sob seu olhar

Neste instante

Sua rainha

Totalmente indefesa ao seu comando

Inerte aos seus desvarios

De joelhos

Curvada

Abusada

Alapar peça principal do seu tabuleiro

Abscôndita intimidade

És meu homem varonil por inteiro

Másculo insaciável

Delira-me

Pressentindo deslizar a glande

Corpo cavernoso engrandecer minha dinastia

Latejando nervo da sua superioridade

Remexo-me

Sacolejo-me

Contorço-me

Judia-me...

Cadimo hábil erudito

Jogo do amor…

Sussurros, espasmos, gemidos…

Estremecendo-me

Castelo do paraíso

Entrego-te

Mel da minha flor

Desfrutando-te de aprazer

Escorrendo-nos

Deliciando-nos a fazer amor…

Cochilo no tórax de seu altar...

Essa noite

Meu rei Apenas essa noite Nenhuma outra noite a mais... Você não me esquecerá jamais...

MárciaMarko