segunda-feira, abril 16, 2018

DESATINO- um poema de MárciaMarko


DESATINO
Todas as vezes Que o seu pensamento se enrosca na minha fundição Todas as vezes Que seu vulto se aproxima da minha compleição Sinto o fervor dos seus poros Sinto seu olor másculo Exalando o aroma tentação... Âmago palpitação... Todas as vezes Que você aparece trajado com seus explícitos intentos Mente demente Obcecado Obsessão Desflorar minha rosa Pétalas da minha flor Todas as vezes Quero-te amor… Quero-te despojar dos seus desvarios Explicitamente estuprar seus intuitos Insânia maníaca Atacar-te desarmada... Silêncio… Não vai doler nada… Meu olhar hipnotiza-te de desejos Meus beijos alucinam-te de tesura Engrandecer-te de loucuras… Meus domínios deixam-te inerte a qualquer reação… Fracção de segundo laréu… Ósculos demarcam vermelha paixão Seiva tépida adocicar sua dimensão… Destrepar lentamente Inspirando xerume a me dissimular… Bálsamo do meu amar… Agarro com fervor Seu membro avantajado Nervoso, enrijecido Jorrando unção oleosa Descendo, subindo, descaindo… Pausadamente, ligeiramente Atraído… Sentindo eflúvio estremecer Abocanho meu benquerer Engulipando , sugando, circulando Deixo as marcas de meus lábios satisfazer-te Delirando-te… Aliciando-te para o orifício mágico do paraíso Aldrava com uma chave Leccionação penetração do seu juízo… Deslizas amavelmente Docemente Trêmula deleitação Íntimos unificados Apertados Entregues… Ressudados, afobados, romanceados Enlaçados... Efectivos Quimeras Desperta-te meloso desse desatino…

MárciaMarko

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